A partir do 6º ano, os adolescentes passam a se preocupar intensamente com questões como namoro e relações sexuais. Pela relevância do tema na vida deles, vale planejar aulas semanais ou quinzenais e, se possível, reservar uma sala exclusiva para a Orientação Sexual. Com o amadurecimento do corpo, os temas trabalhados na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental virão à tona com outros enfoques. Mas essa é a hora de colocar em pauta temas como aborto, métodos anticoncepcionais, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), puberdade, a primeira vez e gravidez na adolescência, entre outros.
As manifestações sexuais mais comuns nesse período são a masturbação, o "ficar" e os jogos de sedução. A gaúcha Mara Dalri, colega de Márcia Geiss na José Ferrugem, não sabia o que fazer diante de tanto frenesi. "Uma vez uma aluna da 7ª série estava de minissaia. O rapaz ao lado olhava para as pernas dela e ia ao banheiro de cinco em cinco minutos. Fiquei sem reação e, assim que acabou a aula, conversei com a diretora. A partir desse caso, e da média de quatro alunas grávidas por ano na escola, resolvemos montar o projeto de Educação Sexual. Não dava mais para ignorar o assunto", lembra.

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